sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Rally Interoceanica: Facco/Cris fecham em 2º na N4 Light e Kranzegger/Nilo em 3º na TS na Etapa 1


Duplas da Equipe Brasil JTRally Team/Acelera Siriema completam os primeiros 552 km de Especiais entre Nazca e Cuzco (Peru). Problemas com o freio impediram Junior Siqueira/Felipe Costa de terminar o percurso

Acostumados a pisar fundo no fora de estrada, duas duplas brasileiras encararam muito bem a primeira etapa do Rally Interoceanica Peru-Brasil, no asfalto, que teve início oficialmente na quinta-feira (20). Luiz e Cris Facco conquistaram o segundo lugar na categoria N4 Light (Subaru STI) com 5h20m41s, enquanto Tony Kranzegger/Nilo de Paula fecharam em terceiro na categoria TS (Toyota Zela 2.0) em 5h29m50s. Já Junior Siqueira/Felipe Costa largaram bem, mas tiveram problemas com as pastilhas de freio durante a primeira Especial e não puderem completar o percurso do dia.

A Equipe Brasil JT Rally Team/Acelera Siriema é a única representante do país nesta histórica prova de Rally de Velocidade. A competição organizada pela Federação Peruana de Automobilismo (Fepad) e pelo governo do Peru, comemora a inauguração da Rodovia Interoceanica do Sul (IIRSA), que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, conectando Lima (capital peruana) a Rio Branco, no Acre.

A primeira etapa exigiu bastante de competidores e equipamentos entre as cidades de Nazca e Cuzco. Teve de cara 552 quilômetros de trechos cronometrados, divididos em três Especiais: SS1 Nazca -Chalhuanca (320 km), SS2 Chalhuanca- Pte. Abancay (96 km) e SS3 Sharella- Peaje Huillque (136 km).

Tudo foi novidade para os brasileiros, o piso, o traçado, a preparação dos carros, entre outros aspectos. O atual Bicampeão do Rally dos Sertões (Super Production) e Bicampeão Paulista de Rally de Velocidade (A6), conta como vivenciou sua primeira prova totalmente no asfalto. "Andamos forte e foram especiais muito rápidas e técnicas, mas perigosas e com várias curvas, chegamos até 4.200m de altitude. Me adaptei bem ao Subaru que é ótimo, porém ficamos quase sem freio e precisei aliviar o pé em vários trechos", relata o piloto Facco, cujo desempenho foi evoluindo ao longo da prova, ficou em segundo na primeira e segunda Especiais e foi o mais rápido na categoria N4 Light na terceira.

Já a navegadora Cris, única mulher do rali, aprovou o percurso e a receptividade do povo peruano. "A prova foi desgastante mas muito boa, o trecho de serra foi difícil e tivemos de nos adaptar ao carro e até fomos obrigados a controlar o combustível. Para mim está sendo um aprendizado muito gratificante em todos os sentidos. Ao longo de toda a rodovia há pessoas acompanhando e quando descobrem que somos brasileiros vibram com isto e fomos muito bem recebidos aqui", relata.

Para outra dupla também não foi diferente e ficou satisfeita com o resultado da primeira etapa. "Estávamos com receio no início, porque o tempo de pilotagem e tudo é novidade para nós, mas andamos forte e o carro está respondendo bem. O único problema, enfrentado pelas três duplas, é o freio, pois quase fiquei sem também e dificultou um nosso desempenho", diz Kranzegger.

Enquanto o navegador Nilo completa: "Achei o piso bom e o próprio clima nos ajudou, não choveu como previsto e fez um dia quente com sol. É completamente diferente de tudo que estamos acostumados, o carro é de rally de pista, o traçado e a ainda não tivemos tempo de fazer o levantamento. A maioria chegou dias antes pode conhecer o percurso muito melhor, tanto que naveguei baseado na minha experiência de anos no off-road, que foi crucial".

Nesta sexta-feira (21) não haverá prova, será dia de descanso para os competidores, que agora se preparam para largada da segunda etapa, que acontece no sábado, entre Cuzco - Madre de Dios. Serão dois trechos cronometrados a serem percorridos.

O Rally Interoceanica termina neste domingo em território brasileiro no Estádio Arena da Floresta, em Rio Branco/Acre. A programação teve início no dia 18 em Lima, mas a largada para a primeira etapa aconteceu ontem (20). No total serão percorridos 1.955,4 quilômetros, dos quais 1.809,7 de trechos cronometrados e 145,7 de deslocamentos. A prova passa pelas cidades de Nazca, Abancay, Urcos, Chalhuanca, Cuzco, Mazuco, Puerto Maldonado e Iñapari ,no Peru, e por fim no Acre, em Brasiléia e Rio Branco. Acompanhe a programação da prova no site www.fepad.com.pe

A Equipe Brasil JT Rally Team/Acelera Siriema conta com patrocínio da Gonçalves S/A Indústria Gráfica e Yokohama e apoio da Total Lubrificantes, Cobreq, Baterias Cral e Brazul.








Fotos: José Mário Dias

Assessoria de Imprensa
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